Tem uma beleza esplêndida a tristeza, a solidão e a melancolia quando viram literatura... elas conseguiram se tornar alguma coisa e não ficaram presas em alguém

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

MEUS VINTE E UM



Os primeiros raios de sol invadiram a janela de seu quarto e forçosamente abriram as pálpebras seladas com lágrimas. Abriram e fecharam de dor, e abriram de novo para que seus olhos se acostumassem com a luz, olhou ao redor e não conseguiu identificar aquilo como seu quarto, nenhum objeto em época nenhuma poderia Ter sido seu, aquelas cores estridentes nunca teriam sido de sua escolha... encaminhou-se à janela, mas de lá nada pôde ver. Um muro impedia que a visão se lançasse em busca de qualquer paisagem. Com uma dose de desapontamento seu corpo deu meio giro e dirigiu-se a porta, abriu-a com uma força desnecessária deixando-a bater na parede, o estrondo interrompeu rapidamente o amargo do silêncio, foi tão breve quanto a surpresa de se encontrar diante de VINTE E UM eus, todos enjaulados... parecia que não conseguiam notar a presença uns dos outros, ou se notavam preferiam tratar como inexistentes os outros eus... inimaginável estar ali vendo uma característica realçada em cada eu... vinte e uma etapas ultrapassadas e guardadas... o último dos eus estendia uma das mãos como quem entrega alguma coisa e deixou cair, com um sorriso misterioso, estilhaços de espelho com sangue... era o seu PRESENTE de boas vindas

terça-feira, 13 de novembro de 2007


Os anjos desapareceram, ficou uma desordem inenarrável... quanta tristeza quis invadir depois que as muralhas não mais conseguiam proteger. Foi como se tivessem explodido a barragem e as fortes águas da dúvida, em plena fúria, carregassem consigo tudo que houvesse pela frente, levassem tudo que havia de vida e morte para passear e conhecer a profundidade daquele abismo...

Os anjos desapareceram e o mar enlouqueceu, brincou de afundar navios... os gritos o divertia até o sal ocupar cada mínimo espaço existente naqueles míseros corpos mergulhados no desespero...

Os anjos desapareceram, toda luz se apagou... quanta solidão existe nas trevas, não há olhares pois naum há o que se olhar... as lembranças foram deletadas, ainda se pode sentir? sentir o quê além de um terrível medo de ser composto e cercado de nada?

Os anjos desapareceram, não há mais caminho a se seguir...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Que terrível eram aquelas pupilas impregnadas de tristeza...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

As últimas pétalas daquelas flores caíram no túmulo...
o vento as arrastou e a tristeza fúnebre reinou... a vida se esvaiu dançando com suas piruetas... deixou aquele lugar cinza....

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Lágrimas e chuva molham o vidro da janela...


"Meu amor,
Hoje a cicatriz rompeu, a ferida abriu e a saudade de você jorrou com tanta força, que eu pensei que seria necessário me amputar inteira para ver se passava a dor."


retirado do blog doce de doer os dentes
"Todo dia, a menina corria o quintal, procurando um arco-íris. Corria olhando para o alto, tropeçava e caía. Toda vez que se machucava, vinha chorando uma cor. Um dia, chorou o anil até esvaziá-lo dos olhos. Depois, chorou laranja, chorou vermelho e azul. Chorou verde. Violeta. Amarelo e até transparente! Chorou todas as cores que tinha, todas as cores de dentro. Então, abriu os olhos e nem o arco-íris, ela viu. Não viu flores e borboletas. Não viu árvores e passarinhos. Pensando que era ainda noite, deitou-se na cama e dormiu. Pensando que era tudo escuro, nem levantar-se ela quis! Ficou dormindo cinzenta, por dias e noites sem fim... Foi quando um sonho, tão colorido, derramou-se dentro dela! Tingiu o travesseiro e a fronha, o lençol e o pijaminha. Tingiu a meia e o quarto. Tingiu as casas e os ninhos! A menina abriu a janela e viu que hoje não tinha arco-íris. Mas tinha o desenho das nuvens. Tinha as flores e um passarinho."

by rita apoena

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

musiquinha da Cassia
ainn perfeita
uma declaração de amor em tanto

Luz dos Olhos

Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Dia pra esses olhos sem te ver
É como o chão do mar

Liga o radio a pilha a tv
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora

Os meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus no olhos vidros pra poder
Melhor te enxergar

Luz nos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A tua boca em mim

Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a gloria

E eu te chamo
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu te
Quero também

Faço as pazes lembrando
Passo as tardes tentando
Lhe telefonar

Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro Fusca lá fora

E eu vou guiando
Eu te espero vem
Siga aonde vão meus pés
Porque eu te sigo também
Eu te amoooo...
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu te


Quero também...
As vezes o coração ficava enfurecido...
E se tudo naum passasse de um divertimentozinho??
E se ela tivesse sido só mais uma peça no jogo???
...A peça que despertou curiosidade, mas que agora não tem graça... um testezinho para belas palavras... uma conquista descartável.
pensamentos atormentavam aquele idiota coração, ela se sentia mal...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Queria apagar tudo que me doi...
Queria ir trancando todas as portas... lacrá-las para que os fantasmas não mais me atormentassem.
Queria não me perder nesses corredores... nessas dores

sábado, 6 de outubro de 2007

Foi como se tivessem acendido um foco pra ela...
Ali encolhida no chão, passou as mão pelos pés e devagar as mãos caminhavam pela perna e as unhas iam arranhando a pele dexando um rastro vermelho...
num movimento brusco, ela endireitou o corpo e olhou fixamente a frente. Parou. Olhava como se uma joia estivesse lá. Mas suas pálpebras ficaram pesadas e seus olhos fecharam lentamente e o corpo acompanhou o cair dos olhos se levantando, se desenrolando...
A medida em que se levantava um violino se mostrou em suas mãos. Ela segurava aquele violino com tanta força, com tanta emoção que parecia ser uma extensão do seu corpo... encaixou o instrumento no seu ombro e começou a fazer uma melodia.
Essa melodia perfurou minha alma... quis parar o tempo...

Cenas Cotidianas

O taxi parou no bar da esquina e uma mulher saiu tropeçando nos próprios pés. Andava e subia a calça de tempos em tempos...
Os homens asquerosos que tomavam a cerveja matinal pararam a conversa e os risos amarelos. Um deles gritou:
- Essa a natureza castigou, já não bastava ser feia, nem bunda tem.
Todos riram...
A mulher, passo a passo, passava pelo espaço que ficava entre as mesas e a pouca roupa que usava hora tampava o corpo, hora mostrava, e se via as cicatrizes dos cortes, do cigarro apagado na pele, das agulhas na veia... Passou a mão pelos cabelos meios umidos e despenteados e ficou resmungando baixinho e repentinamente num ataque histérico ela gritou olhando para o lado:
- Você que é cheirar um pó neh... eu já cheirei mil, bilhoes e essa noite ainda ganhei mais um pra cheirar...
Se recompos e continuou a andar... já tinha ganhado o seu dinheiro da noite.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Deixa eu olhar
Quero que minhas pupilas gravem cada labirinto de sua iris...
É nos olhos que descobrimos muitas coisas, eu quero desvendar todos os eus que podem caber numa pessoa, quero medir o brilho do olhar para me felicitar com a alegria e lutar contra a tristeza...
Deixa eu olhar
Saber da tua alma
Descobrir suas cores, seus detalhes...

sábado, 29 de setembro de 2007

Cena cotidiana

No cenário centenas de corpos miseráveis deveriam causar náuseas naquela plateiazinha ingênua e fútel.
Corpos aglomerados, estirados no chão se deterioravam no meio da urina ácida e fétida, os meio-sorrisos se desmanchavam com o olhar de fúria e de repente as mãos percorriam os corpos e as unhas cravavam na pele num desejo ardente de desenhar com sangue.
O vermelho que esvaia trazia calor para aquelas carnes abandonadas, esquecidas, desprezadas. E quem se lembraria desse cena? A chuva caiu. O sangue foi embora. O cheiro foi embora. Foi tudo apagado...

JUST FOR YOU

Meu anjo queria ter o céu para nós. Você me ensinou a voar, mas sem você minhas asas são fracas, não conseguem me sustentar... agora tenho o chão para trilhar e quero lhe encontrar novamente para eu sentir os ventos puros do nosso vôo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Cidade maravilhosa, onde as pessoas vivem intensamente como se fosse morrer amanhã, cidade calamidosa, onde as pessoas morrem amanhã...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

please don't stop...


É hora de arrumar a mala.
Colocar o essencial do essencial para não ficar muito pesada, pois minhas costas já doem antes mesmo de carrega-la.
Eu mudei, mudei, mudei.
Mudei a mim e agora aqui não me pertence mais. Sou uma peça estragada do quebra-cabeça. Não valho mais pra esse jogo.
Noutro lugar vou para outro jogo... difícil ou não, nunca se sabe... só jogando...
Com o peso das minhas responsabilidades vou-me.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Lhe vejo corpo e alma, por isso não me canso, meus olhos viciaram em você...


Cada milímetro da sua pele é um delírio. O calor do seu corpo me prende e a sua voz adentra aos meus ouvidos como suaves melodias hipnotizantes... lhe ter é uma prazer incontestável.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Por causa da lentidão das horas noturnas, pela primeira vez desejei expulsar a lua, simplesmente para que os raios de sol me trouxessem você, minha surpresa, minha alegria...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Invisible

É maior do que posso ser... mas você não vê e nem nunca verá pois de sutilidades é feito. Existe e é verdadeiro, você o sente e eu o sinto. Forte mas invisível. Pleno. Incontrolável.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007


Entre sorrisos nervosos e arrepios as palavras se jogaram amedrontadas, elas saiam carregadas de um sentimento de será que to fazendo a coisa certa?
O coração, antes, severamente obedecia a ordem de manter-se vazio, mas naquele dia rebelou-se contra todas as regras... permitiu você, confessou sua fraqueza... a vontade de você, agora quer você para sempre.

domingo, 16 de setembro de 2007




Há vezes que acordo em acordes menores, numa melodia dissonante, vazia de sol... uma tormenta contida...
Resumo
Re- sumo
Sumo repetidas vezes
Sumo de mim
Faço da fuga minha aventura
Me perco por entre essas trilhas desconhecidas
A parte que se perdeu agoniza
A outra prossegue assim sem entender
Só por prosseguir

sábado, 15 de setembro de 2007

“você me tirou todo o ar pra que eu pudesse respirar, Eu sei que ninguém percebeu, foi só você e eu...”

No íntimo
Do meu coração absurdo,
Cada mínimo detalhe da tua beleza,
Toca-me
Como um Sol em sinfonia.

...sem muitas palavras para o que sinto... indescritível...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

É como se o mágico estivesse sempre atento, tirando da cartola o que agrada aos olhos... não esses olhos comuns, mas aqueles que podem ver através dessa película, desse rótulo... que conseguem extrair do inimaginável motivo de alegria.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

E eu nem sei o que pensar...


Este hábito, de falar que se ama sem amar, tornou-se um hábito comum, desprezível. As vezes soa tão vulgar quanto o bom dia dito pelo servente daquela obra interminável. Digo que ando me engasgando muito quando me mandam engolir essa palavrinha, e eh até injusto porque deveria ser a palavra com o melhor sabor, a que desceria suave como um bom vinho. Para que eu chegasse onde cheguei, não bastou apenas delírio, há tempos isso me consome e desanima, há tempos não sei em que acreditar nem como me portar...
Eu digo que amo, mas amo... nunca me saiu essa palavra sem que eu sentisse plenamente, nunca o disse para agradar ninguém. Desprezo quem faz essas coisas.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

-Não estou no momento, se desejar deixe recado... talvez eu retorne a ligação. piiiiiiiiiiiii


-Oi,
Talvez nem passe na sua cabeça, talvez esteja rindo daquela história com uma pitada de humor negro, me lembro bem da sua gargalhada com um ar sinistro. Imagino sua face e seu olhar, eu decorei cada gesto... pouco importa. O assunto em questão é: você me matou.
E como numa tourada que o toureiro fere o animal antes do golpe final, causa a fúria para vê-lo no limite, lutando pela vida com dor e sangue. Você brincou com minha decadência, divertiu a platéia mostrando um poder volúvel, demonstrou o quão fácil é fazer da presa um fantoche que no profundo de seus sentimentos deseja mais que depressa o glorioso golpe de espada, na cruz onde se juntam as homoplatas, bem dirigido para furar o coração e pulmão. O golpe perfeito. O golpe que derruba a honra e bravura.
Você me matou, mas antes dançou espalhando meu sangue em tudo. Colocou uma música alegre e coreografou a minha agonia. Sempre quis dançar com você... Fui seu objeto de cena já que nunca soube dançar. Espero que tenha filmado, deve ter ficado magnífica a cena da espada, seus braços e sua dança matando de um jeito inovador. Imagino que tenhamos chocado, você e eu em cena... quem diria uma coisa dessas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Desesperada, começou a esmurrar as paredes...
A pele fina de sua mão logo foi saindo dando espaço para aquela carne vermelha. A marca do seu sangue impresso não a fazia parar.
Aonde estava a saída daquele maldito labirinto?
Argh! Ela sabia que seus murros eram inúteis, mas a raiva do seu fracasso era incontrolável. O que ela sentia ali perdida era indescritível. O peso da solidão era insuportável e o cheiro do seu próprio sangue só a confortava.
A lágrima parou antes de sair.
Havia prometido que nenhuma mais percorreria a face
Forçou um sorriso e olhou no espelho
Ficou lá, parada, olhando para aquela cara.
Aff... aquela cara.
Nos olhos viu passar um resumo da sua vidinha...
Pensou...
Talvez houvesse mesmo o tal do destino
Talvez fosse isso...
... É, era uma boa explicação
Talvez ela só servisse para aquilo mesmo
Para escutar as histórias, saber como agir, mas nunca vive-las

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

P-R-O-S-T-I-T-U-T-A

Vende-se 1,75 de pele amarga pelos dissabores da vida, 64 kg de ossos cansados de sustentar o peso dos desaforos...
Vendem-se olhares vagos, uma boca sem sorrisos, saliva ácida querendo ser veneno, toque áspero, seios fartos, piercing no mamilo esquerdo, pague por bundas, pela vulgaridade que não pode entrar na sua casa, o que você quer fazer? Puxar os cabelos? Tapa na cara? Brinquedinhos? Se fantasiar de barbie? Pague e faça...
Vamos!!
Oferta exclusiva das esquinas mal iluminadas... aproveite!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007


Enlouquecida, queria cortar, cortar, cortar, cortar...
Ver as coisas em pedaços, jogadas, espalhadas, incoerentes
Sentir o poder da lâmina partindo, interrompendo...

terça-feira, 4 de setembro de 2007


Papai do Céu
Faça com que se eu tiver de virar gente grande mesmo num doa muito
Não quero perder esse meu jeito de sempre ver as coisas de uma outra maneira
Que meu sorriso não se desfaça...
Deixe sempre uma luz acesa... até hoje não perdi meu medo do escuro, não quero sair por ai tropeçando e caindo, caindo, caindo.
Papai do Céu
Nunca se cale, quero sempre ouvir seus conselhos. Grite se preciso... as vezes acho que meu ouvido não funciona muito bem.
Me dê sua mão, me ajude a escalar essa montanha...

e lah vou eu...

Prontinho, já tenho a direção.
Daqui a uns dias vou seguir aquele caminho...
Eu e minha mochila...
... Deixarei as marcas dos meus passos...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007




Ultrapassamos as definições.
Sem nome, sem descrição
Não há quem entenda... nem precisamos
Vamos deixá-los de queixo caído
Mostraremos que de um sonho se pode viver...
Passaremos por cima das pedras que aprisionam os tolos
Ele voltou pra me buscar
Vamos voar...

Ela mergulhou naquelas malditas dúvidas, naquele mar ácido e deteriorador, naquelas águas turvas, tóxicas... saltou pra ver se encontrava algo. Mas seus olhos jamais seriam capazes de suportar a corrosão. Ela se consumiu naquele inconseqüente ato, sentiu queimar seu corpo por inteiro até desintegrar...

domingo, 2 de setembro de 2007




“Mandei fazer de puro aço um luminoso punhal para matar o meu amor e matei as cinco horas na avenida central”

levei flores mortas para o enterro e espalhei uma a uma por todo o túmulo. Meu amor foi enterrado nas profundezas e lacrado com dez metros de concreto para não ter risco de alguém desenterrar.

e agora?




“CUTUCANDO, RELEMBRANDO, REABRINDO A MESMA VELHA FERIDA QUE É PRA NÃO TER RECAÍDA...”


Eu senti cada letrinha de suas palavras corroendo meu ego, brincando de rasgar meu peito, torturando antes de matar... num sadismo de rir.
Foi um tapa estalado na cara, e eu lhe ofereci o outro lado... gosto da simetria. A marca de cada um de seus dedos, da sua palma ardendo, formigando... eu senti...

- Foi bom pra você ver minhas bochechas enrubrecidas?

- Mais alguma coisa? Em que mais posso lhe ser útil?

... Eu sorri pra você... não quis lhe dar o prazer da minha dor, das minhas lágrimas escassas... eu sorri mostrando a perfeição dos meus dentes, lhe dei uma imagem inesperada. Quem sabe um dia você aprenda a não ser convencional, previsível...

sábado, 1 de setembro de 2007

eh...

“Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito.
Exijo respeito, não sou mais um sonhador”.

Parece que o fim é sempre esse. É como se fosse um sinal de amadurecimento transformar a pulsação em algo mítico. É engraçado como as pessoas mais velhas criticam, desmerecem as paixões. Olham e já predeterminam que tudo não passa de uma mera ilusão e que no final haverá só dor. Nem sei se é isso mesmo. Mas me entristece quando olho a minha volta e percebo tantas pedras, tantos escudos. Não sou tão pulsante, talvez seja isso que me amedronta. Será que já sou pedra?

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

As paredes espessas seguravam uma parte dos sons. Gritar por socorro era inútil... Mas como aparecera ali? Que lugar era aquele? Lodo no chão e paredes, despertara no meio daquela sujeira. Corpo arranhado. Dor na nuca. Dedo quebrado. Mandíbula deslocada. Ratos ao redor.
Levantou com dificuldade, a dor se mostrou na sua intensidade verdadeira. Ficou um pouco tonto, sua vista escureceu momentaneamente. Argh!
Começou a caminhar, tinha que sair dali. As paredes eram infinitas. Parecia que nunca chegava a lugar nenhum. Era um confinamento...notou cacos no chão e o desenho feito pelo vermelho que escorria dos cortes em seus pés. Estava tão desesperado em achar uma saída que nem notara os cacos invadindo sua pele. Inimaginável alguém conseguir ainda andar naquelas condições. Na luta por uma saída chega-se a ultrapassar o insuportável.
Quero sentir seu hálito. O cheiro da sua pele. O toque de suas mãos. A respiração mudar de ritmo. Quero sentir sua pele e seu suor. A sua boca, sua língua. Quero sentir um arrepio ao olhar nos seus olhos. Um frio na barriga. Minha pressão baixar... quero ficar na dúvida e ser puxada pelo braço... quero ficar com medo e me abrigar em um abraço. Quero lhe morder e lhe arranhar. Deixar minha marca em você.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007


Ela tocou a maçaneta numa tristeza, girou-a por completo e abriu a porta. Deu o primeiro passo se perdendo na escuridão. Era tão indiferente o claro e o escuro, sabia de cor o lugar das paredes e dos móveis... seu corpo caminhava pela força do hábito. O vento atrevido que passava pela janela desalinhava seus cabelos e deslizava suave pela pele como uma carícia. O toque mórbido de um piano adentrava seus ouvidos, seus passos tomaram o ritmo daquela melodia tocada com tanto rancor... nem entendeu porque aquela música mexeu tanto com seu ser... naquele escuro o piano dominava sua percepção... cada nota lhe tocava a alma. Veio uma pausa, foi quando se aproximou da janela, das imensas janelas. Como gostava daquela vista, dos prédios com suas luzes diversas, das casas que ficavam tão pequeninas... gostava de olhar pela janela e pensar sobre todas as coisas... a música... que música era aquela? Porque de seus olhos lágrimas saiam? Os pensamentos desconexos eram perturbadores.
- Pare!
- Pare mente!
- Pare lágrimas!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Há pessoas e pessoas...

Penso que o que faz a diferença é a intensidade.
O brilho no sorriso, no olhar...
A espontaneidade das palavras. Dias autênticos.
Um encanto natural...
Que nunca se ofusque essa radiância tremenda porque simplesmente é motivo de alegria.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007


E me deste aquele punhal
Eu comecei com um pequeno corte, queria saber como era a dor.
Eu tinha que arrancar a tatuagem que foi feita no meu coração, acabar com as marcas. Me doía as lembranças, mais do que a lâmina na minha pele.
O vermelho pulsante escorria e eu o misturei com tudo que iria ser descartado, a última das cores que restava agora não mais ficaria no meu mundinho.
Meu mundinho em tons de cinza
Aversão
A ver...
A ver...
A ver...


Que são todos manequins de vitrine
Imagens ocas preenchendo espaços
Ahhhhhhhhhhhh de que valem meus gritos?
A imobilidade continua...

sábado, 25 de agosto de 2007

Nada melhor que fazer compras...

Era uma conpulsão.
Ainda bem que existem os supermercados 24h. No vazio das madrugadas, depois de um capuccino quente, saia do confinamento das paredes espremidas e dos móveis empoeirados para exercitar um pouco os músculos e dar aos pulmões um pouco de ar com menos fumaça.
Tinha um certo encantamento pelas madrugadas, o silêncio permitia ouvir os próprios passos e sem ter aquele tanto de gente passando ao redor até os pensamentos se organizavam melhor.
Eram exatamente quinze quarteirões até o supermercado. E podia fazer o percurso no tempo que quisesse, sem a influência do ritmo apressado do dia. Andava sessão por sessão, mas tinha uma em especial que lhe roubava grande tempo de contemplação. Tinha em casa vários desses produtos... mas sempre levava mais um... gostava da variedade

Talvez eu não devesse duvidar da perfeição de todas as coisas.
Tudo é bem harmônico... balanceado...
Eu tenho que entender que tudo o que perco é para dar espaço, é para vir algo que preciso mais...
Tenho que entender que tudo tem seu tempo, tem validade... e que ,se acaba o prazo não adianta tentar ingerir algo que fará mal, mesmo tendo sido bom um dia...
Talvez ficasse mais fácil se eu conseguisse...
Aiii se eu conseguisse parar.
Essa mania de racionalizar tudo, de procurar uma ordem, razão, de arranjar explicações... de controlar o incontrolável, de me enganar achando que eu consigo entender...

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Das coisas frágeis...


Eu lhe rasguei...
Sua fraqueza me ofendia...
Quis lhe partir em mil pedaços, lhe desfigurar por inteiro.
Desfazer a mordaça que carrega a tanto tempo...
Lhe tirar do seu cantinho seguro, da sua paisagem desfocada, lhe livrar das linhas que lhe limitam.
Quis desfazer sua obrigação de existir, de se mostrar como uma figura, como algo a ser compreendido, de ser pele, pelos, ossos e expressão...
Eu lhe rasguei... não da forma como eu queria. Não da forma como seria bom pra você.
Lhe parti ao meio e não lhe tirei o peso de ter que ser...

domingo, 19 de agosto de 2007

"tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas..."



Pelos palcos da vida o que se tenta incessantemente é tocar os indivíduos, é provocar emoções que palavras não descrevem totalmente...
Recortes do cotidiano remexem a memória. Os olhares nas luzes intensificam o que tentamos amenizar. São minutos de realidade fora da realidade... quase um delírio...
A figura hipnotizante. Que mais se pode querer ver?

sexta-feira, 17 de agosto de 2007


Sonhou que o amor que havia matado voltara...
Talvez nem o tenha matado, pode ser que o sufocamento não tenha sido suficiente, que a força tenha faltado na hora do estrangulamento, que tenha preferido acreditar que por estar quietinho havia morrido.
Chegou assim meio tonto, torpeçando e levantando... com um sorriso de canto de lábios e nem teve medo de se aproximar... pediu abrigo a ela, justo ela que tinha medo, que fugia, que estava cansada de ter de esquecer.
Ela se assustou e acordou.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

"Estrela, estrela
Como ser assim?
Tão só, tão só
E nunca sofrer.
Brilhar, brilhar
Quase sem querer
Deixar, deixar
Ser o que se é.
No corpo nu da constelação
Estás, estás sobre uma das mãos
E vais e vens como um lampião
Ao vento frio de um lugar qualquer.
É bom saber que es parte de mim
Assim como es parte das manhãs
.Melhor, melhor é poder gozar
Da paz, da paz que trazes aqui.
Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão
Eu canto e sei que também me vês
Aqui, aqui com essa canção."


Eu nem sei mais o que se passa por aqui.
Antes, quando me sentei nesse banco a primeira vez, a curiosidade me fazia prestar atenção em cada acontecimento. Mas os dias, um e outro, e outro, e outro, e outro... foram me mostrando que as coisas só se repetem. Eu lá, vendo a velha caindo, os pivetes se drogando, a mulher abraçada com a bolsa, os homens asquerosos desejando as mocinhas e os mocinhos, as criancinhas perguntando do porque das coisas, as batidas de carro, a polícia na esquina que vai comprar um café na hora do assalto...
Eu hoje nem quero ver o que se passa, nem preciso...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Acordou e nem penteou os cabelos. Lavou o rosto, escovou os dentes, vestiu uma roupa qualquer e saiu. Sem se importar com nada...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

E dois dias que por um acaso não eram uns dos melhores mudam mais de três anos de convivência???

Nem sei se é o tipo de coisa que cabe uma explicação... acho que se enquadra mesmo é num tipo de desabafo. E olha que nem é do meu ser desabafar... meu terrível erro.
O normal de todo ser vivente é se afastar de toda e qualquer coisa que possa causar dor.
É instintivo. E eis a grande dúvida: tentar ter uma dor menor criando uma atmosfera que propicia a distância ou aproveitar o máximo da presença de pessoas importantes e automaticamente acostumar com a proximidade e depois num belo dia não ter mais ninguém... nem sei se dah pra entender mas é tipo escolher entre ir perdendo aos poucos ou perder tudo de uma vez? Eu num sei qual é pior?
Talvez tenha parecido que eu mudei e que eu não sou mais a jaque de antes. As vezes as circunstancias nos fazem parecer alguém que não somos... sei lah... pensem o q quiserem. Eu num to fazendo isso pra mudar a opinião de ninguém. Eu tenho plena convicção que não mudei coisas importantes, eu não mudei o carinho q tenho por vocês e nem a mania de valorizar pequenos gestos. Eu não esqueci o tanto que cada um influenciou no meu crescimento, muito menos que vcs são ótimos companheiros.

É gorda tem tempos q não te falo nada... Saudades... isso vc entende neh companheira saudosista. Seu sorriso jah me deu muita força, vc sabe disso neh. Quero pedir desculpa por qualquer coisa que eu tenha feito e te machucado, eu nem sei porque mas deu vontade de pedir desculpa. Eu te acho uma pessoa espetacular e desejo que tenha toda a sorte do mundo. Sucesso pra ti em todos os âmbitos

Saroka!!
Sempre me senti lisonjeada quando falava q eu era uma amiga-mãe =]
Deus ilumine seu caminho para sempre... vc é ótima... te adoro viu!!!


Carolzz
Te amo hoje hehehehe
Q nada eu te amo todo dia tah =P

Eeeee noivo
Eu não poderia arrumar um noivo mais especial que você. Eu nem sei como falar o tanto que te quero bem. Surpreendente o quanto o quanto você me cativou...


Bombeuuu
Hauhauhauhauhau é sempre bom fritar com você heheheheehe
Sempre conversamos assuntos interessantes neh...
Ow sério mesmo foi bom demais te conhecer um pouco mais
Ow num vou ficar te bajulando não tah... vc jah sabe q eu gosto de vc num precisa ficar repetindo neh kkkkkkkk =P

Suuuuuu
Prometo q num vou fazer nada pra vc brigar comigo tah... vou me comportar bem tah
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk =P
Ahhhh você é a minha amiga-mãe... te admiro demais... =D
Vc tem um lugarzão no meu coração

Ahhh bixa
kkkk esqueci q vc odeia q eu te chame de bixa =P
Olá senhor habitante do mundo da lua, meu companheiro de choro kkkkkk vamo beber pra eskecer!! Hauahuahuahauhauhua


JP!!!
Temos que gritar um poukinho antes de eu ir neh
E vc tem q me dar um abração dakeles q vc sempre via q eu precisava
E temos q fofocar bastante
Temos q tomar uma sprite ou uma caipirinha
Eu num sei como agradecer tudo q vc jah fez por mim... foi coisa dmais
Ow te amo


Doce, doce, doce, a vida é um doce...
Bombom!
Brilhando sempre neh! Vc arrasa.
Sempre defendendo quem vc gosta....
Sempre lutando... é assim mesmo q se chega aonde quer
força pra ti...Amor e poesia pra tua vida. Vai ser melhor expressar seu sucesso com poesia

Waka waka
Eeeee parceiro de trabai...
E a gente ri de qualquer coisa mesmo neh
O importante é se divertir...
É tão bom contar as coisas pra vc, qs meu confidente kkkkkk q coisa gay kkkk
Ow peste, quero minhas panquecas!! RUM
Difícil ficar lembrando do que me lembra vc... muitos momentos felizes até os de sono eram engraçados...
Gosto demais de tu, muito mesmo.





Pequerrucha!
Felicidades a ti. =]
E eu nem sabia q vc se importava tanto comigo. Fiquei feliz demais qd fiquei sabendo. Torço demais por ti.



Jairoooooooo
Vamos arrasar sempre neh
Vamo pra farra companheiro huhu \o/
E eu aprendi a assistir clip com vc rsssss
E é tão bom rir neh... sempre teremos muitas piadas
Te adoroooooooooooooooooo

Pretaaaaaaaaaaaaaa!
EU TE AMO
Vc é maravilhosa, e vc é especial demais pra mim. E eu sempre agradeço a Deus por vc existir...




Talvez o meu jeito deixe muito a desejar... sei lah neh, as vezes áspero. aee escrevendo to tentando naum ser

Gangorra

E do outro lado, sempre alguém mais leve. Olhando de cima, com as mãos na barra. Sorriso no rosto. E você do lado oposto. Afundado. Sapatos sujos de terra. Joelhos arranhados no chão. Embaixo. Sempre descido na outra extremidade do brinquedo. Querendo saber o que carrega de tão pesado assim por dentro.
by Eduardo Baszczyn

domingo, 12 de agosto de 2007

Ehhh e um lata de leite condensado ajuda a adoçar o amargo desses dias sofridos
A cortina se fechou interrompendo o sorriso...
Os olhares morreram com o apagar das luzes.
O tempo pausou na escuridão, guardando corpos estáticos com uma última expressão.

sábado, 11 de agosto de 2007

Ehh
Como são desconfortáveis as caras
Queria não ter de vê-las...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007


Será que sou eu um poço de sensibilidade?
Eu notei
Sim, não há mais nada.
Qualquer tipo de sentimento que possa um dia ter existido morreu.
Sempre achei que não seria assim.
Agora eu olho e vejo alguém, um alguém qualquer. Um corpo como tantos outros...