armadilhas... ilusões...pensamentos que impregnam...
Tem uma beleza esplêndida a tristeza, a solidão e a melancolia quando viram literatura... elas conseguiram se tornar alguma coisa e não ficaram presas em alguém
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Era um dia especial. Mas em seu sorriso algo lhe doia, como ferrugem que corroe sem notar...
Se aproximava a hora tao esperada, delicadamente espalhou petalas pela cama, secas. Eram as migalhas de amor. ...acendeu pequenas chamas, mas nao fechou as janelas. talvez fosse o proposito... que o vento casualmente brincasse de deixar a cruel escuridao. esperou. esperou. esperou Os labios se rasgavam com o esforço inutil da mente transparecer uma minima alegria. o abraço nao chegou. chegou? vencido. talvez abraços tenham validade, já nao me fazem tao bem. era um dia especial a beijou.
sábado, 20 de junho de 2009
no meio da tempestade me mandaram para as nuvens... eu que sempre temi tantos estrondos e descargas eletricas... estava alí. perdida, desesperada
nas nuvens! alí estava... onde tanto ouvi falar ser paraiso. e até tentei tolamente tentei descobrir as tais maravilhas mas vi a furia dos céus cai com sua respiraçao ofegante me afoguei em suas lagrimas...
nao quero mais as nuvens!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Apareceu e de novo eu não estava preparada. E eu que tinha pedido tanto... rezei, desejei, implorei. Ganhei, mas… Sempre tem um mas. E agora me martirizo. Me corrôo . Ter que perder é pior q não ter...
uma pontinha de medo... o céu esta limpo demais...
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Tinha tanta coisa entalada na garganta. Não conseguia digerir muito bem. De modo que as coisas acumulavam, acumulavam e acumulavam. Era uma dor infernal… colocou o dedo na garganta e vomitou tudo. Que alivio!
Tirou o ultimo cigarro da carteira. Mãos trêmulas. Estava um pouco alterada... um pouco nervosa... Procurou o isqueiro. Três tentativas antes de conseguir acender a porra do cigarro. “Dios mio!” Nunca imaginou que isso aconteceria, alias ultimamente o inimaginável virou rotina. Ana se atirou do 15º andar Estávamos assistindo TV depois do jantar, eu muito cansada, peguei no sono enquanto ela acariciava meus cabelos. Quando despertei já não havia dedos dançando na minha cabeça. Olhei no nosso quarto, no banheiro, na área de serviço, no escritório, na varanda... foi lá que achei. O crucifixo que ela nunca tirava. Olhei pra baixo e vi: meu anjo caído... cercado por curiosos. Não tive pernas para descer.
"Quando você se sentir sozinho, pegue o seu lápis e escreva. No degrau de uma escada, à beira de uma janela, no chão do seu quarto. Escreva no ar, com o dedo na água, na parede que separa o olhar vazio do outro. Recolha a lágrima a tempo, antes que ela atravesse o sorriso e vá pingar pelo queixo. E quando a ponta dos dedos estiverem úmidas, pegue as palavras que lhe fizeram companhia e comece a lavar o escuro da noite, tanto, tanto, tanto... até que amanheça."
by Rita Apoena
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Me presentearam com cimento e areia.Disseram que se eu misturasse com água obteria uma massa com a qual seria excelente para revestir essa coisa oca que tenho no meio do peito. Disseram que talvez com esse peso adicional eu me sentisse menos vazia. Que depois de seco não importaria o quão frágil estivesse dentro, nada o atingiria…
Cravou as unhas nas minhas costas como uma tigresa, sangrei. Me excita ver seu rosto quando esta plena em prazer. Aquele corpo suado, os labios inchados… eu nao me canso nunca de percorrer seu corpo com minhas maos, minha lingua, meu desejo…
Tinha uns olhos grandes, desses que inexplicavelmente te atraem e hipnotizam… Bastou que aquele olhar se cruzasse ao meu uma única vez para que eu desejasse incessantemente me fundir a tudo que seus olhos buscassem, lhe obrigando assim, a me dar a cada milésimo essa sensação misteriosa que me viciou… queria que me visse, me lesse, me decifrasse, me desfragmentasse... Dessa vez eu queria apenas me entregar à segurança daqueles olhos...
Os olhos estao pesados, lágrimas fora e dentro querem virar cola, lacrar para sempre…
segunda-feira, 27 de abril de 2009
COM-PUTA-DOR persisto nesse vício de preencher-me com futilidades.com
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Cada um pegou o seu balão e saiu. A festa não era tão boa o suficiente para que cada convidado pudesse levar algo melhor em suas lembranças, carregaram aquilo que resumia a importância dos fatos. Mero ar plastificado. Das portas para fora daquela mansão, já não se ouvia música nem risos… o glamour que guarda a noite não sobrevive ao dia. Só os últimos a saírem, os insaciáveis, viram nitidamente que no caminho só havia lama. E dessa vez não se podia nem pensar em esperar até que tudo melhorasse, a festa acabou e pronto, sigam como puder. Talvez o ver seja o que assusta. De repente ficou tudo distante demais. Mas não importa o medo. Não há o que fazer... apenas seguir... carregando o que sobrou até q estourem.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
"Perder algo ou alguém, não é apenas deixar o outro ir, mas também, se deixar ir junto com o outro É deixar um pedaço de si, distante de si. Deixar-se ir, é como que descolar um pedaço de pele, é ter de existir em outro espaço, ter de se extender em outro corpo. Deixar-se ir, é renunciar a si mesmo, renunciando o outro - vonluntária ou involuntarimente- Renunciar a si, é perder-se, é morrer um pouquinho mais,de pouquinho em pouquinho... Renascimento? Penso que existe a construção! Porém a morte é peso denso, profundidade longíncua. e não há vida alguma que escape da morte, e não há morte alguma que não possa ser vivida. Talvez viver a morte, seja enfim, a última esperança."
by Luiza Camilo
terça-feira, 14 de abril de 2009
É que inexplicavelmente a minha boca sofre de uma secura crônica. Litros e litros de água passam, sempre insuficientes, por ela… Já não sei o que fazer... me falta saliva, e essa pequena limitação ridícula me transtorna. Se como, os pedaços não se dissolvem facilmente e na insistência de mastigar, os alimentos ganham uma textura pegajosa e desagradavelmente sem sabor. Engulo por engolir. Sem sentir. Talvez não possamos querer sentir tudo... Bebo a tal água... Meus lábios as vezes travam. Abrir-los me sangra, a pele seca rasga fácil. Bebo mais e mais. Água... mágoa... água... E a boca... sequiosa segue
sexta-feira, 10 de abril de 2009
O que me mata é essa ESPERA, é esse tempo nulo entre um tapa e outro, é o suspense, é esse massacre do se, do talvez; são as malditas hipóteses…
Quantas jogadas ainda restam, meu Deus? …eu sei… depende de mim, depende de você… Mas agora, nesse exato momento, o jogo está em suas mãos…
sexta-feira, 27 de março de 2009
"Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar."
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 9 de março de 2009
"Si provocas un choque entre la rosa y la roca, la rosa es la que va a morir, no la roca. La roca posiblemente nisiquiera se dé cuenta de que ha habido un choque."
Estava na janela quando subitamente os vidros se estilhaçaram.
Os ouvidos arderam com o ruído explosivo.
O dia tinha nascido maravilhoso, na janela apreciava o céu azul com suas nuvens desenhadas.
Na mão, seu cigarro... tragava a fumaça e fingia soltar a neblina do seu ser enquanto observava a movimentação urbana. Homens, mulheres, carros e cachorros brincando de viver, cumprindo suas obrigações, inventando o que fazer... pra lá e pra cá, num indo e vindo sem fim.
-tenho que ir ao banco, mas tenho uma consulta marcada agora pela manhã. A Nanda marcou de almoçar comigo, eu confirmei que iria, nem dá pra desmarcar, mas tenho que lembrar que não posso comer muito porque me dará sono e não posso ter sono para apresentar aquele projeto no escritório. Tomara que eu não demore muito no almoço, tenho que ir ao banco antes de ir ao escritório. Minha mãe deixou recado na secretaria, o que será que ela quer falar comigo. Eu devia ir visitá-la, faz tempo que não a vejo. Depois de ir ao mercado eu tento dar uma passadinh...
Pensamentos interrompidos.
BOOMMM!!!
Inexplicavelmente as vidraças se espedaçaram atirando cacos para todos os lados...fazendo feridas e adentrando naquela carne ali parada que fatalmente gostava de janelas
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Abriu os olhos rápido como quem desperta de um pesadelo
Engoliu o grito junto com um suspiro amargo…
Que susto!
Pêlos arrepiados, calafrios…
De novo aquela sensação estranha
O coração apertava com o frio que começa da nuca e se alastra para o resto do corpo.
Nos últimos quinze dias isso se repete metodicamente em todas as madrugadas às quatro horas da manhã... O desespero da alma agora tem hora marcada.
Abriu os olhos rápido como quem desperta de um pesadelo.
Engoliu a saliva ensangüentada junto com um suspiro amargo...
Gritou.
De novo aquela sensação estranha
Um odor forte quebrou a rotina. E quando viu estava rodeado por corpos, desfalecidos, ensangüentados, sugados...
Que susto!
O coração apertava com o frio da expressão de cada cadáver.
Nos últimos quinze dias metodicamente em todas as madrugadas se tornava um monstro... o desespero da alma não suporta a inércia.
-"se vc estivesse por perto, podia te colocar no colo e te diria pra deixar que nos próximos minutos ou horas você poderia esquecer de todo mundo, porque nada te atingiria, e juro que não contaria p/ ninguém. eu cuidaria do seu corpo matéria, enquanto vc poderia cuidar da sua alma, e se entender com a água salgada escorrendo por dentro e por fora.."
...eu estando tao longe, parece que vou me afogar vendo o mundo flutuar no mar de lágrimas que tenho... e nem preciso jurar q nao contarei pra ninguem porque o sal deixa a boca seca de palavras.
Monstro fabuloso, meio homem, meio cavalo...personificação das forças naturais desenfreadas, da devassidão e embriaguez...EuSer descontrolado, tropeçando em exageros e correndo...animais tem dessas coisas... imprevisiveis
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Seu amor me rasgava... Seus lábios cortavam meus beijos... eu queria parar mas voce nao via... tinha uma euforia cega. Me beijava, beijava, beijava Roubava pedaços de mim Mas nao sentia... Eu sim... a dor de me perder.
Seus beijos me deixavam feridas. Eu sangrava. Gritava. Mas nao de prazer.
Que ardor!!! Sua língua me queimava. eu em seus braços me contorcia. nunca me senti assim... O seu amor deixava meu sangue na sua saliva pensei que voce me beberia
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Quero me perder no labirinto dos seus sentimentos sem saber nunca qual a direçao, mas sempre seguir, até ficar sem fôlego, até alucinar e em vários devaneios poder grafar aos pouco o mapa inexistente de você... eu quero me perpetuar... vou tatuar na parede da memória a poesia do meu ser vagando na confusão do seu coração.
Um milagre...Um milagre louco...
Não sou a luz que guia, nem tenho o mapa que facilita o caminho... eu lhe mostro a entrada e você se quiser encontre a saída... meu labirinto tem muitas estradas, siga a que der na telha e aproveite as surpresas