Tem uma beleza esplêndida a tristeza, a solidão e a melancolia quando viram literatura... elas conseguiram se tornar alguma coisa e não ficaram presas em alguém

sexta-feira, 28 de novembro de 2008


Eu nem senti o corte que você fez em mim...
Fez o estrago na minha carne, mas eu não sinto...
Faz tempo que deixei de sentir, é que funciona como todas as outras coisas que repetidas demais não fazem efeito. Não causam nada.
Eu não chorei. Eu não bebi. Eu não fumei. Eu não gritei. Eu não praguejei.
Dessa vez nem quis morrer.
Sabe a poça de sangue que ficou?
Apenas limpei. Foi tão rápido... antes que você chegasse à porta, antes que você saísse já não havia nada.
Fria???
Não. Eu não. Eu só queria o chão limpo... sem marcas, sem manchas, sem resquícios

terça-feira, 18 de novembro de 2008


Não quis e pronto.
Simplesmente não quis.
Minha língua passava por todo aquele corpo desnudo e atraente.
E minhas mãos se deliciavam sentindo o calor, o suor, a suavidade daquela pele... seios perfeitos. Eu me excitava com a voz, o gemido doce. Meu nome saia da sua boca melodicamente... que delicia. E cada vez mais eu gostava de passear por seu corpo...
Mas, quando meu rosto se encontrava com o seu, meus olhos desviavam... e por nenhum segundo pude beijar aqueles lábios...medo talvez... minha boca covarde fugia daquela boca venenosa. Se escondia no pescoço, nos seios, na barriga, nas cochas, na virilha, na... em todos os lugares...