O taxi parou no bar da esquina e uma mulher saiu tropeçando nos próprios pés. Andava e subia a calça de tempos em tempos...
Os homens asquerosos que tomavam a cerveja matinal pararam a conversa e os risos amarelos. Um deles gritou:
- Essa a natureza castigou, já não bastava ser feia, nem bunda tem.
Todos riram...
A mulher, passo a passo, passava pelo espaço que ficava entre as mesas e a pouca roupa que usava hora tampava o corpo, hora mostrava, e se via as cicatrizes dos cortes, do cigarro apagado na pele, das agulhas na veia... Passou a mão pelos cabelos meios umidos e despenteados e ficou resmungando baixinho e repentinamente num ataque histérico ela gritou olhando para o lado:
- Você que é cheirar um pó neh... eu já cheirei mil, bilhoes e essa noite ainda ganhei mais um pra cheirar...
Se recompos e continuou a andar... já tinha ganhado o seu dinheiro da noite.
sábado, 6 de outubro de 2007
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Um comentário:
Text parfait!
Adoro o modo como vc escreve..como descreve as coisas!
Saudades imensas!
Tá tudo bem por aí!?
Bju e otimo fds!
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