Tem uma beleza esplêndida a tristeza, a solidão e a melancolia quando viram literatura... elas conseguiram se tornar alguma coisa e não ficaram presas em alguém

segunda-feira, 20 de agosto de 2012



eu do meu jeito
um pouco nada
um pouco tudo
um pouco pouco
um pouco muito
a deriva nesse mundo
vivendo de absurdos

sorrindo e chorando
os amores e desamores
tão doce e  tão amargo
ora paraíso, ora abismo
sou eu,
apenas eu
assim do meu jeito
um inteiro fragmentado
as vezes concreto, as vezes abstrato...


Jaquelinne Felizardo

sexta-feira, 3 de agosto de 2012


Brincava com uma mecha de cabelo enquanto esperava que lhe trouxessem seu cappuccino com dois saches de açúcar. Hoje estava cheio aquele lugar, algo não rotineiro. Só não tão cheio quanto seus pensamentos. O cappuccino demorava mais que o normal e não podia evitar reparar nas pessoas ao redor, nas expressões, nos gestos, nas manias.  A senhora ao lado pediu uma torta de morango e um café descafeinado, ligou seu ipod [que música estaria escutando? ...ainda me soa estranho uma senhora com um ipod] sua feição era indecifrável; sutilmente retirou da bolsa um caderno e uma caneta esferográfica negra. Escrevia ou des...

- Senhorita seu cappuccino
-Obrigada, quanto te devo?
-4,60 senhorita
-Fique com o troco.
-Obrigado.

Tomou o primeiro gole, a senhora, o primeiro trago do seu cigarro. Era bem bonita, cabelos negros perfeitamente penteados, sobrancelha arqueada e bem feita, maquiagem sutil, unhas pintadas, uma postura incrível [quando eu chegar aos quarenta espero ser tão apresentável].
Não sabia por que olhava aquela senhora, por certo havia uma dezena de pessoas  que provavelmente lhe chamariam a atenção, mas era ela quem tinha o protagonismo do lugar.

Chegou o seu pedido: a torta e o café. Pagou. Deixou-os na mesa... ainda fumava. Seu olhar cruzou com o de Ana. Tragou novamente. Tinha um olhar profundo, algo que se assemelhava talvez aos mistérios do mar, calmaria e furor.

Ana disfarçou com um gole, foi uma sensação estranha. Como se afogasse.
Há quatro meses disse a si mesmo que não continuaria naquela historia, era uma loucura viver assim, oscilando entre paraíso e abismo. Havia chegado ao limite, não permitiria mais que lhe enganassem. Quis limpar tudo que lhe tampava os olhos, jogar fora os excessos, organizar valores... se sentia melhor por isso, mesmo cansada se sentia menos nada com a simples possibilidade de encontrar algo sólido. Mas estava ali, com um cappuccino e  um monte de sensações que não eram usuais... era bastante estranho esse impulso... essa vontade de não desviar os olhos daquela mulher...

O cigarro acabou, ela cortou um pedaço de sua torta e delicadamente o levou a boca, tinha os lábios carnudos e realmente bem desenhados, em seguida tomou um gole de café. Pegou o caderno e continuou a grafar. Olhou-a novamente. Provavelmente havia notado a maneira pouco discreta com que Ana a olhava. Deu um pequeno sorriso.

Ana ficou vermelha e com o coração acelerado. Não sabia o que fazer e um tanto quanto desajeitada tomou um gole de seu cappuccino, levantou-se e foi em direção a porta. Antes que cruzasse um garçom a parou rapidamente.

- Pediram que lhe entregasse.

Surpresa pegou o pedaço de papel dobrado, agradeceu, mas não abriu. Colocou no bolso e saiu.

Caminhou uma quadra pensando no que havia acontecido... se sentia estranha... um pouco idiota até... parou e respirou fundo. levou a mão ao bolso, retirou aquele papel e abriu, escrito com letra bonita havia um numero e um nome, o nome era Virginia.

by Jaquelinne Felizardo

segunda-feira, 11 de junho de 2012


Aun no sabía reírse de lo que pasó, pero tampoco lloraba. Veinte pastillas y una botella de whisky exorcizaron las sombras que le habían invadido y le tomaron el alma.  Nadie supo explicar… a veces la única salida es saltar al vacío, reducirse a la nada, hacerse una pausa casi infinita, proclamar la muerte de todo y pagar para ver si existe milagro.
Cenizas y silencio, por mucho y mucho tiempo era lo que se veía… un paisaje sombrío, triste, desolado donde nadie, en perfecto juicio, se atrevía adentrar, como en las casa malditas estaba en completo abandono…
Pero un día, como en los cuentos, surge de los escombros signos de vida, y eses, tan pequeños, casi invisible, poquito a poquito fueron desarrollando y se juntaron para componer lo que sería su nueva vida… más intensa y más feliz… alejada de las tinieblas porque esas se convirtieron  en la luz e era ahora…

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Después de algunas horas, abrió sus ojos preocupados que ni las pastillas podían hacer descansar.  Triste desequilibrio, no sabía que hacer. Miró alrededor y sintió como si las paredes le pudiesen engullir, que angustia sentir… sentir ese vacio… ese vacio que no se va, ni con alcohol, ni con otras carnes, ni con nada…

Se levantó, no podía dejarse llevar por esa tristeza, hizo un café con leche y mientras disfrutaba de su momento placentero, invadió su mente un recuerdo… su sonrisa.  Hacia tiempo que no pensaba, era su manera de tirar adelante, fue involuntario pero desestabilizador… lo había tenido todo y fue como tirar diamantes a la basura... Sí, fue una completa idiotez, pero mas idiota era intentar sustituir diamantes por cristal… totalmente incoherente…  Se enfrió el café con leche, había  pensado demasiado. Ya no había nada que hacer…   por lo menos que no falte las burbujas del cava, ese vacio llenando el vacio...

domingo, 25 de março de 2012

Era lo que me faltaba  a mí:
Esa paz de espíritu de que tanto se habla
Como la consegui? … no lo sé
Cuanto va a durar? … no lo sé
Lo que importa es que la tengo ahora y puedo decir que no tiene precio…

domingo, 22 de janeiro de 2012


Triste fue...

El tiempo implacable cayendo sobre aquel cuerpo

Es que solo así recordamos nuestra fragilidad…

…Un día estamos sonriendo y en el otro simplemente ya no hay vida…


Tanta prisa… tanto esfuerzo… tanta lucha

Se queda en un adiós forzoso y irreversible…

De la vida que me dio vida solo los recuerdos y todo lo que soy…



Jaquelinne Felizardo