Tem uma beleza esplêndida a tristeza, a solidão e a melancolia quando viram literatura... elas conseguiram se tornar alguma coisa e não ficaram presas em alguém

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

As paredes espessas seguravam uma parte dos sons. Gritar por socorro era inútil... Mas como aparecera ali? Que lugar era aquele? Lodo no chão e paredes, despertara no meio daquela sujeira. Corpo arranhado. Dor na nuca. Dedo quebrado. Mandíbula deslocada. Ratos ao redor.
Levantou com dificuldade, a dor se mostrou na sua intensidade verdadeira. Ficou um pouco tonto, sua vista escureceu momentaneamente. Argh!
Começou a caminhar, tinha que sair dali. As paredes eram infinitas. Parecia que nunca chegava a lugar nenhum. Era um confinamento...notou cacos no chão e o desenho feito pelo vermelho que escorria dos cortes em seus pés. Estava tão desesperado em achar uma saída que nem notara os cacos invadindo sua pele. Inimaginável alguém conseguir ainda andar naquelas condições. Na luta por uma saída chega-se a ultrapassar o insuportável.

Um comentário:

Anônimo disse...

lugares estranhos...sofrimento...tudo parece surreal, as vezes... surreal? real...
Apesar de passarmos por lugares tremendamente obscuros...um dia conheceremos o final do arco-iris...eu acho..
Tenha uma otima noite!!!!
Bjaozao!