Tem uma beleza esplêndida a tristeza, a solidão e a melancolia quando viram literatura... elas conseguiram se tornar alguma coisa e não ficaram presas em alguém

quarta-feira, 15 de outubro de 2008


Tirou o cigarro da minha boca, tragou e dice:
- Isso não é para você
Aproximou o rosto do meu e com a boca quase encostada a minha soprou a fumaça.
Aqueles olhos profundos invadiram os meus e um arrepio me assustou, passou a mão em meu rosto tão suave que nem sabia se estava sentindo. Saiu.
Segurei seu braço tentando que parasse.
- Porque me diz isso?
Não me respondeu. Lhe puxei forte.
- Por que me diz isso?
Olhou-me.
- Logo verá.
Não segurei o riso.
- O que? Câncer, enfisema?...
- Não me referia a cigarro (riso de canto de boca)
- Me conhece?
- (com um tom sinistro) Mais do que você imagina.
Sobreveio um calafrio
- Quem é você?
Prevelaceu o silêncio... seus olhos me inquietavam.
Tirou minha mão do seu braço delicadamente, ajeitou os cabelos.
- Agora não importa.
Saiu.

2 comentários:

º.::calebitto::.º disse...

uhuuuuuu

Amo esses diálogos imbuídos de suspense, que instiga a imaginação. "Quem é você?"

Adoooooooro!

Amo seu jeito de escrever. Tem um ingrediente que tenciona os nervos e incita a curiosidade. Não dá pra não ler e não pensar.

^^

Beijos!

Pororoquinha disse...

Passeando por esses labirintos...
muito bom!

bjin