Tem uma beleza esplêndida a tristeza, a solidão e a melancolia quando viram literatura... elas conseguiram se tornar alguma coisa e não ficaram presas em alguém

quarta-feira, 25 de abril de 2007


Era uma vez...
Uma menininha feia e desajeitada.
Triste que só.
Saia por aí tropeçando e caindo,
Tinha tantos machucados que em seu corpo nem cabia mais
Era pavoroso... terrível
Quando a menininha nasceu, coitada, esqueceram de lhe entregar as máscaras. Devia ser por isso que ela era tão feia, ela não possuía máscaras para disfarçar os defeitos humanos.
Certo dia, ela tropeçou e seu corpo, querendo empurrar o chão, saiu rolando rumo a uma loja... mais ferimentos para sua gloriosa coleção...
Depois de arquivar toda aquela insuportável dor, ela abriu os olhos sem brilho e se surpreendeu com o que viu. Aquela pequena loja vendia máscaras.
Usou uma força que não tinha para se levantar. E caminhou com uma pequena alegria que nunca existira. Entrou naquela loja e se maravilhou com todas aquelas máscaras, todas aquelas possibilidades... finalmente a menininha conseguiria esconder sua imensa feiúra.

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